sexta-feira, 7 de junho de 2013

06.06.13 - Dia 51 - Trakai (LT)

Dia bonito, céu azul, sol, calorzão. Quinta-feira.
Não sei se já falei mas tiramos o edredom da cama, agora só estamos com 2 cobertores "finos".

O bus que vai para a cidade passou no camping às 11:30, 6 km, 10-12 minutos.  Descemos na "rodoviária" e o motorista apontou que era ali que tínhamos que pegar o bus de volta. Simples! Parece simples mas não é. Ele não falou nada, ele grunhiu e apontou. Mas tudo bem, a gente acredita.
Fizemos o roteiro do fim para o começo. Trakai está nos anais da história desde os anos 1300.
A Igreja Ortodoxa está em restauração e é de 1861; a Igreja da Virgem Maria é de 1409 e à imagem da Virgem é atribuído poderes milagrosos.
A cidade é muito peculiar: casas de madeira, coloridas, com telhados inclinados e com escadas que vão de um lado ao outro: quando precisam consertar o telhado é só correr a escada para lá ou para cá, assim não quebram as telhas.
Janelas enfeitadas com cortinas e flores, jardins cuidados: flores não faltam.
Trocam as flores de acordo com a estação e isso nos faz lembrar nossas vizinhas "alemãs" por exemplo, a Yeda, a Reise e outras que fazem sempre essa troca: flores de inverno, de primavera. Saudades de nossos vizinhos.
Visitamos um antigo monastério dominicano, de 1786, que hoje abriga o Museu de Arte Sacra, mas em tempos bicudos abrigou uma prisão e escritório da KGB.
Tem também o Museu Postal; o monumento onde era o antigo mercado.
O lago Galve praticamente envolve a cidade, tem passeio por toda a volta.
Almoçamos em restaurante "típico"  para turistas, mas fomos bem atendidos e a comida bem boa. Comemos kybyn (empanadas) e torta de pescado, acompanhados de cidra e cerveja.
Depois do almoço com sol na testa deu uma lombeira. Deitamos na beira-lago para um breve descanso e depois fomos ao Castelo.
Só ficamos ciscando por ali e não entramos. Atualmente é museu, no pátio interno são realizados concertos e festivais na temporada primavera-verão.
Está totalmente restaurado, não digo que perde a graça, caindo aos pedaços também é ruim, mas quando é velho a gente gosta de ver as marcas do tempo, o degrau afundado pelos passos dos que nos antecederam.
É a hora de se fazer "filminho" e imaginar quem passou, o que viveu, o que fez. Mas a fila anda...e  o castelo está ali! É o único Castelo insular no Leste Europeu. O visual é deslumbrante e de noite com as luzes acesas também fica bonito (vi em cartão postal...ainda existe viu gente! Em tempos de Facebook muita gente não conhece isso).
Depois do sorvete, passamos no mercado e chegou a hora de voltar para a Rodoviária. Voltamos tudo de novo para trás, +- 2 km.
Na tabuleta pregada no ponto de ônibus dizia 16:40, sentamos, levantamos, o relógio passou e nada. Parou uma van com placa de Kempingas (camping), Silvano perguntou e o motorista: não, não e se foi.
Depois eu fui perguntar para outros motoristas, com um papel com o nome do camping na mão e eles mostravam o ponto onde estávamos.
O mesmo motorista da van escreveu numa calculadora 18.10 e apontou para o mesmo ponto onde estávamos. Silvano já desanimou, queria ir de táxi, mas esperamos. Lemos, olhamos o ponteiro andar, as pessoas chegando e saindo. E nós ali.
Quando já passava de 18:15 o mesmo motorista da van parou e fez sinal para subirmos. Não entendemos nada, um olhou pro outro e subimos.
Já estávamos quase chegando no camping me dei conta que tinha deixado a sacola de compras do mercado no chão do ponto de ônibus.
Sem condições de falar com o homem. Quando chegamos ao camping o Silvano falou que ia voltar, aí foi o homem que não entendeu nada: desde 16:20 a gente queria ir pro camping e na hora que chega quer voltar para a cidade?
Ele voltou porque estava escrito que 19:15 tinha outro de volta. De longe ele enxergou a sacola rosa-choque da mesma forma que eu tinha deixado.
Ele desceu correndo, pegou e já ia entrando e o homem: não, não, não e partiu. Silvano entendeu que ele ia voltar...doce ilusão.
Teve que voltar a pé, carregando peso. Pegou carona com uma van, andou uns 500 mts e teve que descer porque ia na direção contrária. Enfim veio marchando mesmo e fazendo levantamento de peso.
Na verdade o que tínhamos na sacola em valor era pequeno, mas a curiosidade em saber se a sacola estaria lá era maior do que o desconforto de ter de voltar a pé. É uma sensação bem gostosa quando nos deparamos com esses acontecimentos. Pessoas simples, mas íntegras: não é meu não mexo!
Bom, muito bom. Se ficasse ali por mais tempo a polícia ia lá para ver se precisava desmontar alguma bomba! Mas não foi preciso, recuperamos nossas compras para o jantar e nossa sacola rosa-choque!
Falei com a Iris pelo Facetime e a Inara disse que a formatura do Kevin será dia 18 de dezembro. Estaremos lá Kevin!
Bem depois dessa canseira: banho, com chuveiro que sai água 15 segundos e pára, aí aperta-se o botão com força e sai mais 15 segundos, as vezes quente, outras morna e por vezes fria. Enfim você desiste de tomar banho comprido e essa é a intenção.
boa noite e até amanhã.
Partiremos para Vilnius, que fica bem pertinho. 
  





Telhado de madeira


Comida típica: Kybyn (empanadas)

Depois da cerveja e da cidra

Pátio do castelo


Lago Galve


Museu de Arte Sacra e Museu Postal


Cruz Ortodoxa

Quadro em prata com as figurinhas vazadas








Um comentário:

Inara disse...

ai, acho que nunca chegaremos nesse patamar de educação e respeito...

muito bonita a cidade!

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