segunda-feira, 29 de agosto de 2011

43.dia - Serro

27.08.2011
Hoje foi dia de muita andança, sobe-desce, desce para subir. Até achei que daria para fazer algumas coisas de moto, mas o piso é de pedras: sabão, moleque e buracos.
Passamos na oficina de turismo, conversamos bastante com a Miriam, muito atenciosa e boa de papo, apaixonada pela sua cidade. Combinamos que íamos em algumas ruas ver alguns casarões de "personalidades" da cidade e igrejas, depois do almoço voltaríamos e o guia Marcelo iria conosco para abrir algumas igrejas e casarão...
Como já disse Serro é uma típica vila mineira de 1700, com igrejas construídas em 1713, 1750, e casarões grandes e imponentes, e o melhor, bem cuidados. Anos atrás houve um incentivo do governo com verba disponível para recuperação e pagamento a perder de vista. Então quem aproveitou se deu bem...hoje não há mais esse incentivo. E como aqui foi a primeira cidade do Brasil a ser tombada o Patrimônio pega pesado e não deixa construir coisas novas no perímetro histórico, algumas casas recém construídas tem cara de antiga e o padrão de cor - azul e branco - até pouco tempo atrás era o único autorizado.
Fomos ao Mercado da Cooperativa dos produtores de leite e compramos "Queijo do Serro" (bom demais...), requeijão e frutas.
Andamos até 13:00 e subimos para almoçar no Júnior. 
Encontramos o Marcelo e fomos até a Chácara do Barão do Serro, casarão que está vazio, eventualmente é usado em festas da cidade. Localizado na parte baixa, à beira do Riacho Lucas, que foi onde surgiu o Serro a partir da cata de ouro. Um casarão em formato de U branco e verde.
Visitamos o Museu regional, que fica na casa dos Ottoni ( Teófilo e Cristiano Ottoni, políticos influentes durante o Império).
Na cidade tem a casa de João Pinheiro (foi presidente de Estado em 1098), do Barão de Diamantina (+-1850), prédio da prefeitura (foi construído para receber D.Pedro II, o que não ocorreu) que é o 3. maior prédio colonial do estado,  etc.
Eu amo portas e janelas, essas cidades coloniais é a glória nesse quesito.
Quanto às igrejas visitamos : Matriz de N.Sra Conceição (1713); Senhor Bom Jesus de Matozinhos, muito simples mas com altares muito trabalhados.
A Igreja do Rosário sempre é construída pelos negros, devido à proibição de frequentarem a Igreja Matriz, simples, com cemitério e torre ao lado.
Andamos até 17:00 hs e fomos para casa. Cochilei um pouco e descemos as 19:00 para a Igreja de Santa Rita assistir a missa. Essa igreja é o cartão postal da cidade, com uma escadaria que chega na praça em frente a Prefeitura.
A missa era em comemoração a 3 gurias que completaram 15 anos, nunca tinha visto comemorar aniversário durante a missa. Assim foi, missa festiva.
O padre tinha um sotaque danado, de quem fala espanhol e aprendeu depois português. Quando terminou a missa (demorou um bocado...) fomos conversar com o padre, perguntei de onde aquele sotaque. Ele: sou indiano!! Quase caímos de susto: cidade mineira de 1700 com padre indiano, esse mundo está globalizado no "úrtimo".
Voltamos para casa, lanchamos e fomos dormir cansadinhos...

Igreja Matriz, detalhe da torre

Degustação...
Flores do cerrado
No topo, Igreja de Santa Rita
Chácara do Barão do Serro
Igreja Senhor Bom Jesus de Matozinhos
Porta-janela com muxarabiê
Lateral da Igreja Matriz

    
  

Um comentário:

zito disse...

Agora sim. Serro!
Tudo arrumadinho e pintadinho. Povo caprichoso. Limpíssimo. Parece primeiro mundo. Adorei a janelinha da torre. Passa o sino pelo meio. Um mimo! Beleza. Tem mais fotos prá gente ver?

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