domingo, 5 de setembro de 2010

61. dia : Juiz de Fora (MG) - Bananal (SP)

04.09.2010 - sábado
Terminamos de arrumar o MH e com as despedidas partimos 11:00 hs da casa da Penha e do Leonil. Obrigada de coração pela acolhida e amizade a nós dispensadas.
Antes de sairmos parou um carro e o casal quis saber tudo: não nos livre dos detalhes: donde viemos, para onde vamos, como vivemos aqui dentro, se é bom, etc,etc. Gostaram muito.
Penha: esquecemos a babosa americana que ganhei de minha tia, paciência, depois de tanto tempo algum dia ia acabar perdendo. Dê um destino para a babosa,  acho que vou demorar um pouquinho a voltar.
Para sair de Juiz de Fora foi tranquilo, pela saída do Salvaterra.
60 km depois de Juiz de Fora saímos para Três Rios e almoçamos no Restaurante Beira Chão, em Vassoras. Para não comer muito pedimos PF.
Atravessa-se Volta Redonda e entra-se na Dutra. Quando chegou o trevo para Angra dos Reis disse para o Silvano que era a entrada. Depois vi que não era, tinha mais alguns kms pela frente na Dutra e pegava outro trevo.
Essa estrada que viemos também vem sem problemas, a não ser aumentar em 20 kms e o Silvano fica enfurecido porque eu não leio o mapa direito: sou uma navegadora bem medíocre na opinião dele.
Eu sei que peguei a estrada errada, mas ela é bonita e não prejudicou em nada. Enfim um desentendimento rodoviário!!

Ao entrarmos à direita para Bananal vamos pela Estrada dos Tropeiros, antiga Rio-São Paulo. Foi o Caminho utilizado do século 17 até o século 19. Esta região é retratada por Monteiro Lobato no livro "Cidades Mortas", atualmente conhecido como "Vale Histórico" com as cidades: Bananal, Arapeí, São José do Barreiro, Areias, Silveiras.

Essa região teve seu apogeu com a cafeicultura, Bananal era a cidade mais rica da província, inclusive avalizou empréstimos que o Brasil fez junto ao governo inglês para enfrentar a Guerra do Paraguai.
A decadência econômica ocorreu por diversos fatores: abertura da ferrovia rumo ao oeste paulista, exaustão das terras, libertação dos escravos e a abertura da Rodovia Pres. Dutra na década de 50.
Atualmente é o turismo sustentado e sustentável com as visitas pelas fazendas históricas, artesanato, gastronomia e arquitetura da época da riqueza cafeeira. Os casarões rivalizavam com os da Corte, eram tão faustosos quanto os de lá.

Puxa que falação!! Venham conhecer a Estrada dos Tropeiros: é fácil, rápido, muito bonito, muito instrutivo. Sem contar a moldura da Serra da Bocaina de um lado e Serra da Mantiqueira de outro. Imperdível!
Chegamos a Bananal 16:30 hs. Paramos o MH na Praça da Estação. E que estação ferroviária! Única no gênero na América Latina: importada da Bélgica, em 1889, as paredes são de placas de metal duplas almofadadas, assoalho trazido da Letônia (Pinho-de-Riga). Restaurada em 2004 (pelo menos tem uma placa lá dizendo isso...) mas abandonadinha! Uma pena, sem utilidade alguma. Claro que as portas e janelas estão se estragando, a madeira é boa mas não aguenta eternamente maus-tratos.  Com o dourado do por-do-sol ela fica magnífica!

O casario é belíssimo, tem 3 praças, chafariz de 1880 vindo da Europa, casarões com 16 janelas de frente com gradil de ferro (Solar Aguiar Vallin, de 1860), Pharmacia Popular (antes Imperial) de 1830.
Tudo muito charmoso, fora as fazendas centenárias hoje abertas para visitação e como hotel-fazenda.
Acho que já deu para entender; venham e não se arrependerão: Estrada dos Tropeiros.
Estamos estacionados na Praça da Estação e a D. Bernadete nos cedeu energia para o MH manter as baterias.
Saímos para jantar e escolhemos mal: um restaurante charmoso, mas complicado. A casquinha de truta gratinada demorou muito mas estava ótima. O segundo prato complicou: pedi rondelli de ricota e espinafre, depois de 50' veio de frango e catupiry. Devolvi.
O Silvano pediu capeletti de carne com molho branco: parecia feito de água: inodoro, insípido, incolor.
Devolveu.
Saímos de lá, achei que íamos prá casa comer pão e café com leite. Ledo engano. Silvano estava com fome prá valer. Fomos ao Restaurante da Estação e ele pediu carne na pedra. Ufa! Quanta emoção!
Na verdade hoje até deu uma alegria: estamos em São Paulo ... falta pouco para chegarmos em casa.
Falei com a Ivy, mandei mensagens para Inara e depois descobri que mandei várias para número errado.
Chega por hoje, acho que escrevi por demais!
Até amanhã e saudades.
Bananal - Estação Ferroviária
Silvano na Pharmacia Popular


Leonil, Silvano, Cleci e Penha

Nenhum comentário:

15-10-2017 - Arganda del Rey - Madri - Granada

Um belo domingo de sol! Outono calorento! Céu azul! Hilário nos levou até o aeroporto Barajas 09:00 para “locar” um carro e bandear uns di...